Sonetos de Olinda I

A Lúcia Dantas

Quando na praia imersa em luz termina
a inquietação de mares prisioneiros,
com três rosas na mão subo a colina
e são a brisa e o amor meus companheiros.
Tesouros que arranquei da eterna mina
da beleza - que os possa dar inteiros
a quem borda um jardim que me destina,
e espera-me, infinita, entre coqueiros.
Igrejas, casarões ... onde lembranças
de era flamenga voejam pedregosas
e tombam num tombar de paina, mansas.
Batem de novo à praia ondas raivosas,
mas dou por mim numa ilha de bonanças
e nesse oásis plantam-se as três rosas.

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