Eles dormem: são dóceis
farelos de alma e ossos,
e nem como fantasmas
retornam, num espasmo
do que foram. E dormem
dentro da teia enorme
dos casos de família
Ou nem isso: são ilhas
submersas no não-tempo,
em nunca mais, em sempre ...
Mas movem-se: em meus ossos,
no olhar dos filhos nossos,
Astrid, eles retomam
o ar de mulheres e homens,
e erguem-se do repouso.
Freitas, Félix de Sousa,
Amorins e Camargos,
todos fazendo carga
nos rumos do meu sangue,
todos vértices do ângulo
onde hesito, entre brumas,
entre este e aquele rumo.
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